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Bicicleta Para o Cérebro

Henrique Carvalho Escrito por Henrique Carvalho em 4 de junho de 2018
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Eu estava com minha esposa no sofá e resolvemos assistir a um filme na Netflix.

O filme escolhido foi “Steve Jobs” (o de 2015 com o ator que não se parece com o Jobs real).

Confesso que não esperava muito dele, pois o filme que haviam feito antes desse sobre Steve Jobs em 2013 foi bem ruim…

Mas como eu estava enganado… o filme foi muito bom. Nota 8 de 10.

O que mais me marcou nele foi um trecho específico.

E eu que quero compartilhar aqui nesse email os meus insights desse trecho com você.

  • É uma história sobre inovação quando o futuro parece nublado e chuvoso…
  • É uma história sobre como se comunicar com sua audiência de maneira que você seja escutado de verdade…
  • É uma história sobre como tornar uma ideia irresistível que até grandes executivos compram ela num piscar de olhos…

Ao final da leitura desse email, você irá desenvolver um olhar mais aguçado para ter uma comunicação direta e encantadora com as pessoas ao seu redor, audiência e clientes.

Mas primeiro, eu preciso falar sobre um grave problema que Steve Jobs e a Apple dos anos 80 enfrentavam…

Cuidado: Computador no Ambiente – Não Chegue Perto que Ele Morde

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1-computadores-que-dao-medo-1970

Quando você olha hoje para um computador desse tipo no final da década de 70, você deve pensar:

  • “Como alguém conseguia usar um treco tão grande e espaçoso desse?”
  • “Com essa telinha eu não consigo enxergar nada do que estou fazendo”
  • “E essa quantidade infinita de botões? Já tenho preguiça de usar essa máquina só de olhar para ela…”

O fato é que computadores na década de 70 e início da década de 80 eram vistos como “bichos pavorosos que dão medo e mordem se você chegar perto”.

Apenas programadores avançados conseguiam usar essas máquinas.

Ao invés de um cursor ponteiro que você apontasse e clicasse, você precisava digitar códigos para entrar e executar programas.

O computador não era amigável, não era fácil de usar e parecia uma máquina gigante que você só encontra em grandes fábricas.

Como se pode ver… no início da década de 80 as coisas não evoluíram muito…

As caixas do computador eram até menores, mas você ainda precisava ser um expert em programação para usar elas.

Steve Jobs, com seu faro para inovação, sabia que produzir e vender computadores não seria uma tarefa fácil se a Apple fosse “mais do mesmo”.

Logo, como ele poderia se comunicar com uma audiência enorme de leigos que nunca viram ou usaram um computador antes?

↪︎ E ainda despertar o desejo, a vontade de ter um computador em suas casas, mesmo sendo meados da década de 80?

É nesse ponto entra a genialidade de Steve Jobs e que o torna (na minha opinião) um dos melhores comunicadores de todos os tempos.

Um Estudo da “Scientific American” em 1973…

Em um vídeo raro e antigo, Steve Jobs relata algo que o marcou quando ele tinha apenas 12 anos

Segue o trecho (adaptado):

“Lembro-me de ler um artigo quando eu tinha Cerca de 12 anos…

Acho que foi na Scientific American, em que eles mediram a eficiência da locomoção para todas essas espécies no planeta Terra.

E quantas quilocalorias gastaram para ir do ponto A ao ponto B.

O Condor (uma ave) ficou no topo dessa lista e superou tudo o resto.

E os humanos vieram cerca de um terço do caminho na lista que não era tão grande…

Um fracasso para toda a criação.

Mas alguém teve a imaginação de testar a eficiência de condução humana em uma bicicleta.

O ser humano que anda de bicicleta explodiu e ultrapassou o Condor por todo o caminho até o topo da lista.

Isso teve uma grande impressão sobre mim na época.

De que nós seres humanos somos construtores de ferramentas.

E que essas ferramentas amplificam nossas habilidades para magnitudes espetaculares.

Portanto, para mim, um computador sempre foi uma bicicleta para o cérebro.

Algo que nos leva nossas habilidades muito além.

E eu acho que estamos apenas nos estágios iniciais dessa ferramenta.

Nós andamos uma distância muito curta, mas já vimos mudanças enormes.

E acho que não é nada em comparação ao que está por vir nos próximos 100 anos.”

“O que o computador é para mim: a ferramenta mais incrível que nós já criamos.

Ele é o equivalente a bicicleta para o nosso cérebro.” – Steve Jobs

A Bicicleta para o Cérebro (Meu Isight + Minha Dica)

Sempre que algo inovador chega ao mercado, como foi o Macintosh em 1984, você precisa usar analogias para driblar vários tipos de objeções.

  • “Computadores só servem para grandes empresas, nunca irão chegar as mãos dos consumidores finais.”
  • “Eu não quero me tornar um programador para aprender a mexer no computador”.
  • “Eu não preciso do computador. Já tenho papel e lápis em minhas mãos. Eles fazem o que preciso”.

Fazer uma analogia entre bicicleta e o cérebro coloca uma imagem na mente das pessoas de que o computador acelerar o conhecimento.

Ele leva você do ponto A para o ponto B mais rápido e gastando menos energia.

Uma analogia bem feita é como uma pintura, uma obra de arte que é reconhecida e sentida imediatamente.

Simplesmente falar de características de um computador torna ele igual a todos os outros.

Lembre-se:

  • Quando você fala de características, você está se comunicando com o Neocórtex das pessoas (ligado ao raciocínio).
  • Quanto mais analogias bem construídas você faz, mais você está se comunicando com o cérebro límbico das pessoas (ligado às emoções e sensações nos 5 sentidos).

E quando se trata de um marketing e vendas, você já deve saber que:

“As pessoas compram pela emoção e justificam sua compra pela razão.”

Afinal, você quer engatinhar ou correr de bicicleta?

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