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Como Parecer Mais Inteligente ao Escrever? (Método Comprovado)

Henrique Carvalho Escrito por Henrique Carvalho em 10 de outubro de 2018
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Ele retirou seus óculos, apertou enter e fechou seu computador.

Após 10 meses de estudo ele conseguiu publicar sua pesquisa.

Esse era o nome do seu artigo científico (em inglês):

↪︎ “Consequences of Erudite Vernacular Utilized Irrespective of Necessity : Problems with Using Long Words Needlessly.”

Espera um pouco… O QUÊ???

Traduz aí Henrique… me ajuda.

Vamos lá:

↪︎ “Consequências do Erudito Vernacular Utilizado Independentemente da Necessidade: Problemas no Uso de Palavras Longas Desnecessariamente”.

Ainda não entendi, Henrique…

O que você está querendo me dizer?

Em simples português:

Evite palavras longas.

Esse é um estudo sério (de nome real) feito pelo psicólogo Daniel Oppenheimer da universidade de Princeton.

Neste conteúdo, eu vou te mostrar como você pode usar um método comprovado e parecer mais inteligente ao escrever.

Fique tranquilo. Você não vai precisar caçar palavras rebuscadas ou pesquisar artigos científicos internacionais para isso…

Pelo contrário, você verá em alguns minutos que esse caminho é mais perigoso do que se parece.

Continue lendo…

A escrita “culta” não faz você parecer culto

O estudo de Oppenheimer é muito simples:

Pesquisadores encontraram duas traduções diferentes da mesma passagem do matemático e filósofo francês René Descartes.

Ambas as traduções foram escritas na década de 90, mas variam muito em seu grau de complexidade linguística.

Tradução #1:

Agora (depois de notar o que deve ser feito ou evitado para chegar a um conhecimento da verdade) minha tarefa principal é esforçar-me para emergir do estado de dúvida em que eu passei esses últimos dias para ver se nada de certo pode ser conhecido em relação às coisas materiais.

Tradução #2:

Nada parece ser mais urgente (depois de ter notado o que deveria ser advertido e o que deveria ser feito para alcançar a verdade) do que eu poderia tentar emergir das dúvidas para as quais eu passei nos dias anteriores e que eu poderia ver se algo certo relativo às coisas materiais poderia ser conhecido.

O painel de especialistas considerou a segunda passagem bem mais complexa do que a primeira.

Eu concordo.

Depois de ler um dos trechos, os participantes do estudo avaliaram a inteligência do autor da passagem.

Aqueles que leram a primeira tradução, mais fácil de entender, acharam o autor mais inteligente do que aqueles que estudaram o trecho mais complexo.

Mesmo quando era dito antes para os participantes que a tradução #2 era de Descartes, a opinião sobre a inteligência não mudou.

Logo, a reputação de Descartes, um dos principais pensadores da filosofia ocidental, foi ignorada.

Isso significa que uma tradução desajeitada (usando palavras mais complexas) tirou alguns pontos de QI do famoso filósofo e matemático.

Como Oppenheimer e sua equipe descrevem suas descobertas em diversos textos, eles descobriram “uma correlação negativa entre a complexidade e a inteligência julgada.”

Ou seja, quanto mais fácil é para os leitores entenderem seu texto, mais inteligente você parece.

Lembre-se:

A complexidade é inimiga da inteligência.

Por outro lado, quanto mais você faz seus leitores lutarem para entender um texto, menos inteligente você parece.

Sabe… existe um conceito estrangeiro chamado de KISS.

Keep It Simple, Stupid. (Mantenha simples, estúpido).

Para nós escritores, a dura realidade é a seguinte:

Se você dificultar a leitura de um texto, seus leitores vão pensar que o estúpido é você. (Mantenha simples, estúpido)

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