Como se tornar um escritor profissional de sucesso

Você pode se tornar um escritor profissional de sucesso. Basta querer, trenar e trabalhar para isso.

“Escritores são como aspiradores de pó, sugando tudo o que podemos ver e ouvir e ler e pensar e sentir e articular, e tudo o que todo mundo ao alcance da voz pode ouvir e ver e pensar e sentir. Somos mímicos, somos papagaios, somos escritores.” – Anne Lamott (Bird by Bird)

Todos nós somos escritores.

E se não somos, podemos nos tornar um escritor, desde que existe o verdadeiro desejo de usar essa habilidade para ganhar a vida, seja escrevendo obras de ficção, seja campanhas publicitárias ou um blog.

A escrita é o ponto de partida para praticamente qualquer tipo de criação.

E quando falamos de criações para o meio digital, isso é ainda mais verdadeiro, já que tudo começa na escrita, seja um vídeo para o Youtube, uma página de vendas ou uma aula para seu curso online.

Tornar-se um escritor profissional é possível para todos, mas jamais será fácil.

Assim como tudo que vale a pena na vida exige tempo, dedicação e crença em si mesmo.

Agora que eu tenho sua atenção, você quer saber como se tornar um escritor profissional, qualquer que seja sua área de atuação?

Então continue lendo…

A liberdade de se tornar um escritor

Escrever requer uma combinação de sofisticação e inocência. É preciso consciência, nossa crença de que algo é lindo porque é certo, faz sentido.

Esse é o ponto de partida. O seu porquê enquanto escritor.

A escrita criativa e efetiva exige prática diária, faça chuva ou faça sol, em dias tranquilos ou conturbados, com ou sem inspiração.

Aliás, a rotina é o que mais gera liberdade na vida de um escritor.

Sentar para escrever (ou escrever de pé, como eu faço) deve ser um ritual sagrado. E diário. Jamais pule dois dias seguidos se você deseja se tornar um escritor profissional.

Dois dias levam a três, a uma semana, um mês, até que a desistência é completa e os sonhos são enterrados pela correria do dia a dia.

Defenda seu horário de escrita como se a sua vida dependesse disso. Porque ela depende.

Mas só consegue se manter firme diante das incertezas e imprevistos, aquele que sabe qual é o seu propósito. Sabe o porquê de querer se tornar um escritor.

A doença do perfeccionismo e a superação do medo

Temos medo de avançar e cometer erros, mas para crescer é preciso se lançar rumo ao desconhecido.

Aprender com a própria experiência significa vencer a insegurança. Não existe outro jeito.

A busca pela perfeição seja nos nossos atos ou nas nossas criações, vem pelo medo de não agradar, de não ser aceito pelo outro.

Temos essa necessidade apenas quando nós mesmos não nos aceitamos. Quando não nos julgamos bons o suficiente. A síndrome do impostor não perdoa nem os veteranos, porque ela nada tem a ver com os resultados conquistados, mas com a falta de crença no próprio potencial.

Encarar a realidade é preciso: a perfeição não existe. E algumas pessoas vão nos amar, enquanto outras vão odiar. E não há nada que você possa fazer a esse respeito.

A única coisa que está no seu controle é a sua reação a isso.

Como lidar com o julgamento alheio

O medo da opinião do outro é potencializado para quem se expõe no meio digital. Mas essas 6 verdades vão mostrar que talvez não seja tão ruim quanto você está pensando:

1. Todo comentário na internet NUNCA é sobre você. Mas sim sobre as crenças que a pessoa que proferiu o comentário”.

2. Pode ser uma raiva passageira descontada em você.

3. Pode ser uma inveja pelo sucesso mostrado e ela não ter conseguido ainda.

4. Pode ser uma visão totalmente diferente da sua, gerando emoções incontroláveis.

5.99,9% desse comentários negativos na internet nunca seriam feitos cara a cara. A barreira de uma tela preta parece garantir a falsa segurança de poder falar o que bem entender.

6.As pessoas não estão nem aí para você na internet, somente para seus umbigos. Elas não estão prestando tenta atenção assim em você como parece.

Não leve nada para o lado pessoal” – filosofia tolteca (livro: Os 4 compromissos)

O passo mais importante para se tornar um escritor profissional

Já falei ali em cima: quem quer se tornar um escritor profissional previsa escrever todos os dias e proteger esse momento como se a sua vida dependesse disso.

Esse fundamento é mais importante do que ter ideias geniais porque é ele que vai garantir que você chegue até elas.

A nossa mente é ótima para identificar padrões. Por esse motivo, nós precisamos criar hábitos que duram. E escrever todo dia é a melhor maneira de você se tornar um escritor melhor.

Não basta escrever todo dia. É preciso ser no mesmo horário e local para criar esse padrão na sua mente.

No mundo ideal, você deve evitar escrever no mesmo local que você assiste Netflix ou surfa na web de forma inconsciente.

Você precisa achar um canto que seja apenas seu. E apenas para escrever (sem interrupções). Pode ser num quarto separado, em num café onde você vai apenas para escrever.

E se nada disso é possível, um iPad, caderno ou computador exclusivo para a escrita já resolve.

O horário que você escreve precisa ser o mesmo, assim como uma atividade com hora marcada. Escrever todo dia no mesmo horário irá instalar um chip de escrita no seu cérebro, criando um padrão de sucesso que será cada vez mais fácil de repetir.

Particularmente, eu prefiro as manhãs para escrever. Com a mente limpa e clara logo após tomar um bom café. É a tarefa mais complexa do meu dia, e prefiro fazê-la no meu momento de pico de energia do que ficar pensando nela o dia todo.

Você não precisa ter o texto completo na sua cabeça antes de sentar para escrever. A escrita é uma viagem que deve ser melhor aproveitada do que o próprio destino. A revisão vai garantir que você irá chegar onde deseja. E os hábitos serão os responsáveis por fazer com que você escreva cada vez melhor.

Hábitos criam a genialidade

O perfeccionismo destrói a possibilidade de ideias boas e realmente originais ganharem o mundo.

O perfeccionismo é o mal que impede as ideias geniais de aparecerem, porque essas nunca nascem prontas. São construídas com o tempo.

Stephen King, no seu livro Sobre a Escrita, conta que levou anos criando o livro que o projetaria para o sucesso: “Carrie, a Estranha”.

E foi por pouco que essa ideia não ganhou o mundo.

Ele acreditava que, por não simpatizar com a personagem, e nem se interessar pela história, o público também não gostaria. Por isso, escreveu apenas 3 páginas e jogou no lixo.

Por sorte, ou destino, quem sabe, sua esposa encontrou esse rascunho e o incentivou a terminar a história. Ele assim o fez, e o resto vocês já sabem.

King não reconheceu a ideia que mudou a sua vida. Porque ela não estava pronta, ela foi sendo construída página por página.

Como ele mesmo recomenda, escreva de porta fechada. Assim como você não vai se livrar do medo do julgamento alheio da noite para o dia, suas ideias serão ruins no começo. Nenhum texto tem a obrigação de sair perfeito logo no primeiro rascunho.

Se você sofre da doença da perfeição, nunca sairá do lugar.

Só evolui quem treina, recebe críticas, reflete sobre elas, estuda e implementa melhorias. Só chega em algo perto da perfeição quem se arrisca.

Como encontrar sua voz como escritor

Você não precisa ver o seu destino ou tudo o que você vai passar ao longo do caminho. Você só precisa ver dois ou três metros à frente de você.

O que as pessoas esquecem de mencionar é que quando éramos crianças nós precisamos fazer muita bagunça para descobrir quem somos e porquê estamos aqui.

Não nascemos sabendo quem somos, qual a nossa identidade. Porque o seu “eu escritor” seria criado com uma voz pronta?

O escritor precisa amar o aprendizado. E aprender com tudo e com todos para que a sua obra evolua e ele encontre sua voz.

É necessário aprender com a experiência dos grandes e bons, estudar a fundo a obra dos outros, para depois colocar o que aprende em prática. E aprender com a própria experiência.

No início, pegue emprestado a maneira de um escritor escrever. Não o imite 100%, mas você precisa começar com algo. Com o tempo e mais experiência, devolva o estilo que você pegou emprestado, pois você já terá encontrado a sua própria voz, real e verdadeira.

Como ter inspiração infinita

Leitores não viram páginas porque estão famintos para aplaudir quem escreve. Eles viram páginas porque estão famintos em saber mais sobre como solucionar ou problema, se divertir ou se conectar mais consigo mesmos.

Não é sobre você. Mas sim sobre os seus leitores.

Uma vez que você entende isso, nunca faltarão boas ideias. Sua audiência fará questão de falar tudo que deseja ler. Você só precisa saber ouvir.

É útil ter um bloco de notas ou diário para registrar nossas pequenas observações, descobertas, perguntas e ideias inspiradas, como Leonardo Da Vinci fez.

Se não fosse por esse seu hábito, o mundo não conheceria metade da genialidade desse grande homem, que generosamente dividiu seus pensamentos, observações, descobertas e inventos com toda a humanidade. Quanto não ganhamos por causa disso?

Será que o mundo também não vai perder se você deixar de dividir suas ideias?